domingo, 30 de agosto de 2009

História bleach

Autor
Nascido em 26 de Junho de 1977, Tite Kubo é apenas um pseudônimo. Seu nome verdadeiro é Noriaki Kubo. Kubo começou a desenhar mangás durante o ensino médio, no qual fazia parte do Clube de Anime . Foi também no ensino médio que ele criou seu primeiro mangá: Zombie Powder, que foi publicado semanalmente na revista Shonen Jump. Porém, com a falta de sucesso do mangá, a série foi cancelada, logo após alcançar 4 volumes.

Mais tarde, em sua carreira, após o fracasso com ZP, Kubo criou um novo mangá, chamado Bleach, e o enviou à Weekly Shonen Jump, com a esperança de que o mangá fosse publicado. Porém, Bleach foi rejeitado devido as similaridades com o mangá Yu Yu Hakusho que estava sendo publicado pela revista na época.
Mesmo Bleach tendo impressionado o grupo de leitores que controlavam as séries editadas pela revista, a rejeição fez com que Kubo perdesse as esperanças. Esse quadro mudou quando Akira Toryama, autor de Dragon Ball, mandou à Kubo uma carta tranqüilizando-o e inspirando-o a continuar com o mangá, dizendo que havia gostado muito de seu trabalho .

Após isso, Tite, novamente, levou o mangá para a Shonen Jump, e que, para surpressa, foi aceito desta vez. Bleach, agora, é publicado semanalmente pela Weekly Shonen Jump , e atualmente chegando à ultrapassar 200 capítulos publicados.
A versão anime, exibida pela TV Tokyo, é um dos animes de maior audiência atualmente no Japão, o que leva a crer que Kubo, no futuro, garantirá seu nome como um grande mangáka do século 20.

Kubo ainda foi convidado, junto a vários mangakás renomados, como: Eiichiro Oda (One Piece) e Masashi Kishimoto (Naruto), à prestar uma homenagem a Akira Toryama. Tite, juntos ao demais autores, fizeram desenhos de Dragon Ball ao seu ponto de vista, para serem publicados na versão definitiva do mangá de mesmo nome.

Biografia
Principais
Kurosaki Ichigo
Kuchiki Rukia
Inoue Orihime
Ishida Uryu
Sado Yasutora
Abarai Renji

Mundo Humano
Hirako Shinji
Urahara Kisuke
Shihouin Yoruichi

Soul Society
Kuchiki Byakuya
Hitsugaya Toushiro
Zaraki Kenpachi

Hueco Mundo
Aizen Sousuke
Grimmjow Ulquiorra Schiffer
Szayel Aporro Granz
Nnoitra Jirga
Zommari Lulu
Pesche Guatiche
Dondochakka Bilstan
Neriel Tu

Kidou

O Kidou (鬼道 arte demoniaca ) são "magias" usadas pelos Shinigamis, que podem ser utilizadas tanto para combate, como também para aprisionamento de pessoas.

O Kidou é divido em dois grupos: os Hadou (破道 arte destrutiva ), usado para ataque direto, e os Bakudou (縛道 arte de aprisionamento) que são magias, que como o nome sugere, servem para aprisionar o oponente ou para outros efeitos defensivos. Cada Kidou é enumerado de 1 a 99, e a cada número o poder da magia aumenta, porém, o nível de dificuldade para invocá-la também. Somente capitães experientes conseguem invocar magias acima do nº 90.

Para realizar um Kidou é primeiro necessário recitar um canto, algo parecido com o que é feito para liberar uma Zanpakutou. Também é possível fazer um Kidou sem fazer esta recitação, como acontece com a Shikai, mas o Shinigami precisa ter um grande nível de experiência

Zanpakutous


As Zanpakutous (斬魄刀, Cortadoras de Alma) são as espadas usadas pelos Shinigamis. Estas espadas são usadas tanto para a purificação de almas, como para lutas. Elas normalmente estão seladas para se assemelharem com espadas comuns. O principal motivo para isso, é para que o poder do seu estado liberado não influencie no mundo real
Como dito anteriormente, as Zanpakutous normalmente estão seladas, mas é possível quebrar este selo, porém, só é permitido isto em momentos de emergência. Uma Zanpakutou possui duas quebras de selo, que são: Shikai (始解, Liberação Inicial) e Bankai (卍解, Liberação Definitiva).

Para liberar o primeiro selo, Shikai, o usuário precisa saber o nome de sua própria espada. Mas isso não é tão simples quanto parece. Para saber o nome de sua Zanpakutou, o usuário têm de ouví-lo da entidade que vive em sua espada, sendo necessário que haja uma comunicação entre ambos. Depois de saber o nome da Zanpakutou, basta chamá-la pelo nome que ela irá quebrar o primeiro selo sozinha. Após se tornar hábil com sua arma, um Shinigami pode liberar a Shikai sem precisar chamar o seu nome.

Com a Shikai liberada, o portador ainda consegue usar habilidades especiais, que até então não conseguia. A diferença de saber o nome do ataque também faz diferença aqui. O usuário pode aprender uma técnica de sua espada sozinho, mas somente a entidade pode dizer o nome dela. Saber o nome faz uma enorme diferença na hora de usá-la. Ao clamar o nome da habilidade, o Shinigami consegue controlá-la mais facilmente e a potência da técnica também é aumentada.
O segundo, e último selo a ser quebrado de uma Zanpakutou, é a forma definitiva dela, a Bankai. Dentre todos os Shinigamis, pouquíssimos conseguem liberar esta forma. Os que conseguem, são lembrados eternamente na história da Soul Society. Com esta forma, o portador tem seu poder aumentado de cinco a dez vezes do que possuia anteriormente na forma de Shikai. Em alguns casos, o Shinigami tem mudanças físicas após liberar a Bankai, e não apenas em sua espada.


Zanpakutous (Shinigamis)

Ashisogi Jizou /Kurotsuchi Mayuri

Benihime /Urahara Kisuke

Fujikujaku /Ayasegawa Yumichika

Gegetsuburi /Oomaeda Marechyo

Gounryumaru /Sasakibe Choujiro

Haineko /Matsumoto Rangiku

Hisagomaru /Yamada Hanatarou

Houzukimaru /Madarame Ikkaku

Hyourinmaru /Hitsugaya Toushiro

Itegumo /Kotetsu Isane

Katen Kyoukotsu /Kyouraku Shunsui

Kyouka Suigetsu /Aizen Sousuke

Mirokumaru /Senna

Minazuki /Unohana Retsu

Nejibana /Shiba Kaien

Ryuujin Jakka /Yamamoto Genryuusai

Senbonzakura /Kuchiki Byakuya

Shinsou /Ichimaru Gin

Sode no Shirayuki /Kuchiki Rukia

Sougyo no Kotowari /Ukitake Jyusiro

Suzumebachi /Soifon

Suzumushi /Tousen Kaname

Tachikaze /Muguruma Kensei

Tengen /Komamura Sajin

Tobiume /Hinamori Momo

Tsuchinamazu /Kurumadani Zennosuke

Wabisuke /Kira Izuru

Zabimaru /Abarai Renji

Zangetsu /Kurosaki Ichigo


Zanpakutous (Arrancars)

Águila /Avirama Redder

Brujería /Zommari Lulu

Del Toro /Yylfordt Granz

Dragora /Gantenbeinne Mosqueda

Fornicarás /Szayel Aporro Granz

Gamuza /Neriel Tu O'Dershwank

Giralda Dordonii /Alessandro Del Soccachio

Glotoneria /Aaroniero Arruruerie

Golondrina /Cirucci Thunderwitch

Pantera Grimmjow /Jeagerjaques

Reina de Rosas /Charlotte Cuuhlhourne

Santa Teresa /Nnoitra Jirga

Tijereta Shawlong /Koufang

Trepadora /Luppi

Verruga /Tesla

Volcanica /Edrad Liones
Hollows 

Hollows, as almas maléficas que povoam o Mundo. São nada mais que Plus, os espíritos bons , que foram corrompidos e perderam seus corações ou que permaneceram por muito tempo na Terra após mortos, e assim, se tornaram Hollows (literalmente, "Vazio", em inglês). Todo Espírito que não é guiado para a Soul Society por um Shinigami, inevitavelmente, será tornará um Hollow. Por isso, o trabalho de um Shinigami é tão importante.

Porém, todo este processo dura mêses ou até anos, por isso, raramente um Plus se torna um Hollow desta maneira. O único modo de acelerar este processo, é agravando o buraco em seu peito, abrindo-o completamente.
Normalmente, um Plus se deixa ser guiado pacificamente por um Shinigami até à Soul Society. Estes, são os que não possuem mágoas de sua vida em Terra. Já aqueles que possuiam arrependimentos de sua vida, se amarram ao foco de sua mágoa com a Corrente do Destino. Se a mágoa do espírito for uma pessoa, ele se prende a ela, se tornando um Espírito Obcessor. Se sua mágoa for um lugar, ele se prende a ele, se tornando um Espírito Vinculado à Terra. Tanto um como outro necessitam que um Shinigami o guie para a Soul Society, para que ele não se torne um Hollow.

Normalmente, estes são os que têm comando sob os demais hollows, que são incapazes de pensar. Mesmo após o espírito se tornar um Hollow, ele ainda tem a oportunidade de ser purificado e ser enviado até a Soul Society. Nesta hora, entram os Shinigamis. Para purificar um Hollow, o Shinigami usa de sua Zanpakutou. Quando ele corta o espírito maligno, o Hollow é automaticamente purificado e enviado a Soul Society. Mas isto só se aplica aos espíritos que foram bons enquanto vivos, aqueles que foram cruéis e malignos em vida, são enviados ao Inferno, após serem cortados por uma Zanpakutou.

Hierarquia

Hollow                           Tira mascara                            Arrancar

Gillian                             Tira mascara                            Gillian Arrancar

Adjucha                          Tira mascara                            Adjucha Arrancar

Vasto Lorde                   Tira mascara                             Vasto Lorde Arrancar


Quincys

Assim como a maioria das raças em Bleach, os Quincy (滅却師) têm origens estrangeiras. Este clã foi feito tendo em base a cultura Alemã. É possível ver inúmeras referências a isto, como nomes de armas e ataques.

Os Quincys eram uma raça de humanos super dotados que povoaram a Terra há 200 anos atrás . Eles, assim como os Shinigamis, combatiam a ameaça dos Hollows sob o planeta. Porém, agiam de maneira diferente dos guerreiros da Soul Society. Os Quincys, ao invés de purificar os Hollows e enviá-los para o "Céu" ou o "Inferno", simplesmente os matavam, eliminando qualquer sinal de existência dos espíritos.
Os Quincys os matavam usando armas criadas por eles mesmos, sendo todas compostas de partículas espirituais. Aliás, esta é a principal caracteristca deste clã: "Usar as partículas espirituais a sua volta para lutar", o que os tornam exímios oponentes. Como características principais, os Quincys são: frios, arrogantes e orgulhosos.
Por causa do seu forte orgulho, eles não aceitavam lutar lado-a-lado aos Shinigamis, que eram considerados inimigos pelos "Arqueiros", por purificaram os espíritos malignos.

A Queda do Clã

Após alguns anos de sua formação, os Quincys foram completamente exterminados pelos Shinigamis. Com seu rápido crescimento, a situação estava cada vez mais agravante na Terra, então foi decidido que o clã desses justiceiros havia de ser exterminado para sempre, para evitar a destruição dos mundos. Tudo isso se deu porque a quantidade de almas no Mundo Humano e na Soul Society são constantemente igualadas pelos Shinigamis. Caso isso não fosse feito, o equilíbrio dos dois mundos acabaria, resultando numa destruição mútua.

Após muitos anos de existência dos Quincys, a Soul Society apelou para eles: "Deixem os Shinigamis cuidarem dos Hollows" - diziam. Mas, por vários motivos, os Quincys recusaram. Enquanto isso, o clã dos justiceiros crescia mais e mais.
Os Shinigamis não viram outra opção se não exterminar por completo os Quincys da face da Terra.
Dessa matança, só há conhecimento de 3 sobreviventes: Ishida Uryu, Ishida Ryuuken e Ishida Souken (morto há alguns anos atrás).

Shinigami

Shinigamis (死神, literalmente, Deus(es) da Morte ),são espíritos trajando kimonos pretos, se assemelhando com samurais da antigüidade.


Para não causar nenhum grande dano ou alvoroço no mundo humano, um Shinigami pode ser visto apenas por espíritos. Entretanto, se o Shinigami fizer alguma "interação" (mover uma cadeira ou tentar ferir alguém), o "dano" causado pode ser visto pelos seres humanos.
Os Shinigamis residem na Soul Society, mas podem ir até o Mundo Humano e voltar de lá. A ida ao mundo humano é extremamente limitada e monitorada, e é um crime permancer no mundo humano mais do que o necessário. As obrigações de um Shinigami são: enviar os Plus (espíritos bons) até a Soul Society fazendo um ritual chamado de: Enterro da alma (魂葬, Konsou). E também, eles têm o dever de purificar os Hollows (espíritos malignos).

Combate


Um Shinigami possui 4 formas de combate: Zanjutsu (Luta com espada), Kidou (Artes demoniacas) Hakuda (Corpo-a-corpo) e Hohou (Técnicas de movimentação).

13 Divisões


As 13 Divisões (護廷十三隊, Gotei Juusan Tai), é a milícia da Soul Society, responsáveis pela proteção de todo mundo espiritual. A Gotei 13 é composta por 13 Divisões de Shinigamis. Sendo que cada divisão possui uma diferente especialização.

Capitão |Vice-Capitão

1º Divisão Yamamoto Genryuusai |Sasakibe Choujirou

2º Divisão Soifon |Oomaeda Marechyo

3º Divisão (Sem capitão) |Kira Izuru

4º Divisão Unohana Retsu |Kotesu Isane

5º Divisão (Sem capitão) |Hinamori Momo

6º Divisão Kuchiki Byakuya |Abarai Renji

7º Divisão Komamura Sajin |Iba Tetsuzaemon

8º Divisão Kyouraku Shunsui |Ise Nanao

9º Divisão (Sem capitão) |Hisagi Shuuhei

10º Divisão Hitsugaya Toushiro |Matsumoto Rangiku

11º Divisão Zaraki Kenpachi |Kusajishi Yachiru

12º Divisão Kurotsuchi Mayuri |Kurotsuchi Nemu

13º Divisão Ukitake Jyusiro |(Sem Vice-Capitão)

Treinamento


Assim como em todo outro lugar, uma pessoa já não nasce sabendo tudo, assim como um espírito não "nasce" sendo um Shinigami. Para isso, o espírito adentra a Escola Shinigami, que tem como objetivo preparar os espíritos calouros em todas as áreas necesárias para ele se tornar um Shinigami, como: treinamentos de combate de campo (contra Hollows), treinamentos de enterro de almas, entre outros.

Após inúmeros anos de treinamentos, o Shinigami recém-formado pode ingressar numa das divisãos da Gotei 13, ou das outras 2 corporações que regem a Soul Society. A Escola Shinigami é uma renomada organização que possui mais de 2000 anos de história e tradição.

Missões e Objetos


Um Shinigami possui várias obrigações, que inclui: fazer os enterros das almas, lutar contra Hollows, proteger os Plus dos espíritos maus etc. A maioria de suas tarefas são feitas no Mundo Humano. É bom ressaltar que todos os capitães e vice-capitães têm seus poderes reduzidos em 80% quando estão no Mundo Humano . Esta limitação de poder é representada pelo símbolo de sua correspondente divisão que fica tatuado no corpo do Shinigami.
Tudo isto é feito para que, tanto capitães quanto vice-capitães, não causem influência desnecessária no Mundo Humano. Porém, em casos extremos em que o poder total é necessário, eles podem requisitar a liberação deste limite, contactando a Soul Society. Normalmente, quando isto ocorre, também é pedido uma isolação da área onde eles se encontram, para não causar danos ao local.

Vaizard
Vaizards, Os Soldados Máscarados (仮面の軍勢) , Kamen no Gunzei), são Shinigamis que ultrapassaram os limites determinados para Shinigamis e, mediante a técnicas proibidas, conseguiram adquirir poderes de Hollow.
Quando transformado em Vaizard, o Shinigami também consegue invocar uma máscara Hollow que amplifica consideravelmente seus poderes, enquanto permanece com ela.

Manga História


Mangá


O mangá ou manga (漫画, Manga) é a palavra usada para designar as histórias em quadrinhos feitas no estilo japonês. No Japão, o termo designa quaisquer histórias em quadrinhos.
Vários mangás dão origem a animes para exibição na televisão, em vídeo ou em cinemas, mas também há o processo inverso em que os animes tornam-se uma edição impressa de história em sequência ou de ilustrações.

História

O mangá é um gênero da literatura japonesa e é caracterizado por seus quadrinhos. Os mangás têm suas raízes no período Nara (século VIII d.C.), com o aparecimento dos primeiros rolos de pinturas japonesas: os emakimono. Eles associavam pinturas e textos que juntos contavam uma história à medida que eram desenrolados. O primeiro desses emakimono, o Ingá Kyô, é a cópia de uma obra chinesa e separa nitidamente o texto da pintura.

A partir da metade do século XII, surgem os primeiros emakimono com estilo japonês. O Genji Monogatari Emaki é o exemplar de emakimono mais antigo conservado, sendo o mais famoso o Chojugiga, atribuído ao bonzo Kakuyu Toba e preservado no templo de Kozangi em Kyoto. Nesses últimos surgem, diversas vezes, textos explicativos após longas cenas de pintura. Essa prevalência da imagem assegurando sozinha a narração é hoje uma das características mais importantes dos mangás.

No período Edo, em que os rolos são substituídos por livros, as estampas eram inicialmente destinadas à ilustração de romances e poesias, mas rapidamente surgem livros para ver em oposição aos livros para ler, antes do nascimento da estampa independente com uma única ilustração: o ukiyo-e no século XVI. É, aliás, Katsushika Hokusai o precursor da estampa de paisagens, nomeando suas célebres caricaturas publicadas de 1814 à 1834 em Nagoya, cria a palavra mangá — significando "desenhos irresponsáveis" — que pode ser escrita, em japonês, das seguintes formas: Kanji (漫画, Kanji?), Hiragana (まんが, Hiragana?), Katakana (マンガ, Katakana?) e Romaji (Manga).

Os mangás não tinham, no entanto, sua forma atual, que surge no início do século XX sob influência de revistas comerciais ocidentais provenientes dos Estados Unidos e Europa. Tanto que chegaram a ser conhecidos como Ponchie (abreviação de Punch-picture) como a revista britânica, origem do nome, Punch Magazine (Revista Punch), os jornais traziam humor e sátiras sociais e políticas em curtas tiras de um ou quatro quadros.



Diversas séries comparáveis as de além-mar surgem nos jornais japoneses: Norakuro Joutouhei (Primeiro Soldado Norakuro) uma série antimilitarista de Tagawa Suiho, e Boken Dankichi (As aventuras de Dankichi) de Shimada Keizo são as mais populares até a metade dos anos quarenta, quando toda a imprensa foi submetida à censura do governo, assim como todas as atividades culturais e artísticas. Entretanto, o governo japonês não hesitou em utilizar os quadrinhos para fins de propaganda.

Sob ocupação americana após a Segunda Guerra Mundial, os mangakas, como os desenhistas são conhecidos, sofrem grande influência das histórias em quadrinhos ocidentais da época, traduzidas e difundidas em grande quantidade na imprensa cotidiana.
É então que um artista influenciado por Walt Disney e Max Fleischer revoluciona esta forma de expressão e dá vida ao mangá moderno: Osamu Tezuka. As características faciais semelhantes às dos desenhos de Disney e Fleischer, onde olhos (sobretudo Betty Boop), boca, sobrancelhas e nariz são desenhados de maneira bastante exagerada para aumentar a expressividade dos personagens tornaram sua produção possível. É ele quem introduz os movimentos nas histórias através de efeitos gráficos, como linhas que dão a impressão de velocidade ou onomatopéias que se integram com a arte, destacando todas as ações que comportassem movimento, mas também, e acima de tudo, pela alternância de planos e de enquadramentos como os usados no cinema. As histórias ficaram mais longas e começaram a ser divididas em capítulos.
Osamu Tezuka produz através de seu próprio estúdio, o Mushi Production, a primeira série de animação para a televisão japonesa em 1963, a partir de uma de suas obras: Tetsuwan Atom (Astro Boy). Finalmente a passagem do papel para a televisão tornou-se comum e o aspecto comercial do mangá ganhou amplitude, mas Tezuka não se contentou com isso. Sua criatividade o levou a explorar diferentes gêneros — na sua maioria, os mangás tinham como público-alvo as crianças e jovens —, assim como a inventar outros, participando no aparecimento de mangás para adultos nos anos sessenta com os quais ele pôde abordar assuntos mais sérios e criar roteiros mais complexos. Ele também foi mentor de um número importante de mangakas como Fujiko & Fujio (dupla criadora de Doraemon), Akatsuka Fujio, Akira "Leiji" Matsumoto, Tatsuo Yoshida (criador de Speed Racer) e Shotaro Ishinomori.

Assim, os mangás cresceram simultaneamente com seus leitores e diversificaram-se segundo o gosto de um público cada vez mais importante, tornando-se aceitos culturalmente. A edição de mangás representa hoje mais de um terço da tiragem e mais de um quarto dos rendimentos do mercado editorial em seu país de origem. Tornaram-se um verdadeiro fenômeno ao alcançar todas as classes sociais e todas as gerações graças ao seu preço baixo e a diversificação de seus temas. De fato, como espelho social, abordam todos os temas imagináveis: a vida escolar, a do trabalhador, os esportes, o amor, a guerra, o medo, séries tiradas da literatura japonesa e chinesa, a economia e as finanças, a história do Japão, a culinária e mesmo manuais de "como fazer", revelando assim suas funções pedagógicas

Estilos

Para os japoneses as histórias em quadrinhos são leitura comum de uma faixa etária bem mais abrangente do que a infanto-juvenil. A sociedade japonesa é ávida por leitura e em toda parte vê-se desde adultos até crianças lendo as revistas. Portanto, o público-consumidor é muito extenso, com tiragens na casa dos milhões e o desenvolvimento de vários estilos para agradar a todos os gostos.

Por isso os mangás são comumente classificados de acordo com seu público-alvo. Histórias onde o público alvo são meninos — o que não quer dizer que garotas não devam lê-los — são chamados de shounen (garoto jovem, adolescente, em japonês) e tratam normalmente de histórias de ação, amizade e aventura. Histórias que atualmente visam meninas são chamadas de shoujo (garota jovem em japonês) e têm como característica marcante as sensações e sensibilidade da personagem e do meio (também existem garotos que leem shojo pois existem shoujos com bastante ação e luta). Além desses, existe o gekigá, que é uma corrente mais realista voltada ao público adulto (não necessariamente são pornográficos ou eróticos) e ainda os gêneros seinen para homens jovens e josei para mulheres. Os traços típicos encontrados nas histórias cômicas (olhos grandes, expressões caricatas) não são encontrados nessa última corrente. Existem também os pornográficos, apelidados hentai. As histórias yuri abordam a relação homossexual feminina e o yaoi (ou Boys Love) trata da relação amorosa entre dois homens, mas ambos não possuem necessariamente cenas de sexo explícito.

Formato

A ordem de leitura de um mangá japonês é a inversa da ocidental, ou seja, inicia-se da capa do livro com a brochura à sua direita (correspondendo a contracapa ocidental), sendo a leitura das páginas feita da direita para a esquerda. Alguns mangás publicados fora do Japão possuem a configuração habitual do Ocidente.
Além disso, o conteúdo é impresso em preto-e-branco, contendo esporadicamente algumas páginas coloridas, geralmente no início dos capítulos, e em papel reciclado tornando-o barato e acessível a qualquer pessoa.

Os mangás são publicados no Japão originalmente em revistas antológicas. Essas revistas com cerca de 300 à 800 páginas são publicadas em periodicidades diversas que vão da semana ao trimestre. Elas trazem capítulos de várias séries diferentes. Cada capítulo normalmente tem entre dez e 40 páginas. Assim que atingem um número de páginas em torno de 160~200, é publicado um volume, chamado tankohon ou tankobon, no formato livro de bolso, que então contém apenas histórias de uma série. Esses volumes são os vendidos em diversos países dependendo do sucesso alcançado por uma série, ela pode ser reeditada em formato bunkoubon ou bunkouban (完全版, bunkoubon ou bunkouban?) (mais compacto com maior número de páginas) e wideban (ワイド版, wideban?) (melhor papel e formato um pouco maior que o de bolso).

Uma das revistas mais famosas é a Shonen Jump da editora Shueisha. Ela publicou clássicos como Dragon Ball, Saint Seiya (ou Cavaleiros do Zodíaco), Yu Yu Hakusho e continua publicando outra séries conhecidas como Hunter x Hunter, Naruto, One Piece, Bleach e Death Note. Existem também outras revistas como a Champion Red mensal (Akita Shoten), que publica Saint Seiya Episode G (Cavaleiros do Zodíaco Episódio G), a Shonen Sunday semanal (Shogakukan), que publicava InuYasha, e a Afternoon mensal (Kodansha). Entre outras, podem-se citar também a Nakayoshi (Kodansha), revista de shoujo famosa que publicou entre outros Bishoujo Senshi Sailor Moon e Sakura Card Captors, e a Hana to Yume (Hakusensha) que publica Hana Kimi e Fruits Basket.
Há também os fanzines e dōjinshis que são revistas feitas por autores independentes sem nenhum vínculo com grandes empresas. Algumas dessas revistas criam histórias inéditas e originais utilizando os personagens de outra ou podem dar continuidade a alguma série famosa. Esse tipo de produto pode ser encontrado normalmente em eventos de cultura japonesa e na internet. O Comiket (abreviação de comic market), uma das maiores feiras de quadrinhos do mundo com mais de 400.000 visitantes em três dias que ocorre anualmente no Japão, é dedicada ao dōjinshi.

No Brasil
Embora a primeira associação relacionada a mangá, a Associação Brasileira de Desenhistas de Mangá e Ilustrações, tenha sido criada em 3 de fevereiro de 1984, o "boom" dos mangás no Brasil aconteceu por volta de dezembro de 2000, com o lançamento dos títulos Samurai X, Dragon Ball e Cavaleiros do Zodíaco pelas editoras JBC e a Conrad (antiga Editora Sampa).

Esses, porém, não foram os primeiros a chegar ao território brasileiro. Alguns clássicos foram publicados nos anos 80 e começo dos anos 90 sem tanto destaque, como Lobo Solitário em 1988 pela Editora Cedibra, primeiro mangá lançado no Brasil,[1] Akira pela Editora Globo, Crying Freeman, pela Editora Sampa, A Lenda de Kamui e Mai - Garota Sensitiva pela Editora Abril, Cobra, Baoh e Escola de Ninjas pela Dealer. Porém, a publicação de vários títulos foi interrompida e o público brasileiro ficou sem os mangás traduzidos por vários anos. Existiram ainda edições piratas de alguns mangás[carece de fontes?]. O mais famoso foi Japinhas Safadinhas lançado em nove edições pela "Bigbun" (selo erótico da Editora Sampa). O mangá era uma versão sem licenciamento de Angel de U-jin.

A popularidade do estilo japonês de desenhar é marcante, também pela grande quantidade de japoneses e descendentes residentes no país. Já na década de 1960, alguns autores descendentes de japoneses, como Júlio Shimamoto e Claudio Seto, começaram a utilizar influências gráficas, narrativas ou temáticas de mangá em seus trabalhos. O termo mangá não era utilizado, mas a influência em algumas histórias tornou-se óbvia. Alguns trabalhos também foram feitos nos anos 80, como o Robô Gigante de Watson Portela e o Drácula de Ataíde Braz e Neide Harue.

O movimento voltou a produzir frutos nos anos 90. Com a inconstância do mercado editorial brasileiro, existe pelo menos uma revista nacional no estilo mangá que conseguiu relativo sucesso: Holy Avenger. Além deste há também outras publicações bastante conhecidas pelos fãs de mangá, como Ethora, Combo Rangers, Oiran e Sete Dias em Alesh do Studio Seasons, e a antiga revista de fanzines Tsunami. Atualmente os quadrinhos feitos no estilo mangá, tirando algumas exceções, como as citadas acima, se baseia em fanzines. Em 2008 as empresas Maurício de Sousa transformaram o seu gibi Turma da Mônica Jovem e Ediouro Publicações em 2009 a revista Luluzinha Teen e sua Turma, em estilo mangá.
Apesar da aceitação do estilo de história em quadrinho japonês, a maioria das edições vêem ao Brasil com determinadas alterações quanto ao número de páginas por edição. Muitas vezes, dividem pela metade cada edição, elevando demasiadamente o custo pela coleção.


Influência em outros países

Há muito tempo o estilo tem deixado sua influência nos quadrinhos e nas animações no mundo todo. Artistas americanos de quadrinhos alternativos como Frank Miller foram de alguma maneira influenciados em algumas de suas obras. As influências recebidas dos mangás japoneses ficaram mais evidentes com a minissérie Ronin (1983).
Outros artistas como os americanos Brian Wood e Becky Cloonan (autor de Demo) e o canadense O'Malley (autor de Lost At Sea) são muito influenciados pelo estilo e têm recebido muitos aplausos por parte da comunidade de fãs de fora dos mangás. Estes artistas têm outras influências que tornam seus trabalhos mais interessantes para os leigos nesta arte. Além disso, eles têm suas raízes em subculturas orientais dentro de seus próprios países.

Histórias em quadrinhos americanas que utilizam a estética dos mangás, são constantemente chamados de OEL Manga (Original English-Language mangá) ou Amerimanga.
O americano Paul Pope trabalhou no Japão pela editora Kodansha na revista antológica mensal Afternoon. Antes disso ele tinha um projeto de uma antologia que seria mais tarde publicada nos Estados Unidos — a Heavy Liquid. O resultado deste trabalho demonstra fortemente a influência da cultura do mangá em nível internacional.
Na França existe o movimento artístico, descrito em manifesto como la nouvelle manga. Esse foi iniciado por Frédéric Boilet através da combinação dos mangás maduros com o estilo tradicional de quadrinhos franco-belgas. Enquanto vários artistas japoneses se uniam ao projeto outros artistas franceses resolveram também abraçar essa idéia.
Na Coréia do Sul atualmente podemos observar um movimento em direção aos mangás muito forte. Os manhwas coreanos e manhuas chineses têm atingido vários países pelo globo. Um exemplo claro de manhwas no Brasil são algumas histórias de sucesso como Ragnarök e Chonchu.

Além de tudo isso, é bastante comum encontrar histórias on-line de vários países nesse estilo e até ilustrações mais corriqueiras como das relacionadas à publicidade.

Críticas

Uma crítica comum aos mangás feita por ocidentais é a de que são excessivamente violentos e pornográficos ou eróticos. Contudo, segundo Frederik L. Schodt, esse tipo de generalização está longe da verdade, ainda que ele admita que há sim mangás em que a pornografia e a violência são excessivos. Para ele, esse tipo de generalização habitualmente ignora as origens dos quadrinhos japoneses no ukiyo-e e no kibyoshi, que costumavam retratar cenas eróticas ou violentas, além de comparar os mangás com os quadrinhos ocidentais (Schodt refere-se mais especificamente aos quadrinhos dos Estados Unidos que costumavam sofrer autocensura desde a década de 1950).

Mesmo no Japão surgem, de tempos em tempos, polêmicas envolvendo alguma publicação. Por exemplo, na década de 1960, Harenchi Gakuen de Go Nagai foi acusado de erotismo excessivo. Este mangá trata de uma escola em que acontecem situações eróticas, foi criticado e chegou a ser queima em público por pais. O caso de Tsutomu Miyazaki, assassino em série japonês considerado um otaku, levou vários pais e educadores a se preocuparem com o conteúdo dos mangás, já que foram encontrados vários mangás e animes eróticos na casa deste. Em resposta a esse caso, surgiu na década de 1990 um movimento contra os "livros daninhos". Pais, professores, políticos e a imprensa cobraram mais responsabilidade das editoras acerca do conteúdo dos mangás e de sua explícita classificação etária. Por exemplo, o jornal Asahi Shimbun disse em um editorial em 1990 que os mangás influenciavam negativamente as crianças, o governo de Tóquio adotou em 1991 a "Resolução Restringindo Livros Daninhos" e criou-se uma comissão na Dieta para discutir a questão. Tudo isso fez com que as editoras criassem um código moral para os mangás e passassem a indicar conteúdo inadequado na capa das publicações utilizando selos específicos. Mas, de acordo com Alfons Moliné, pouco depois, a partir de 1993, o policiamento diminuiu e as editoras deixaram de marcar as publicações e de por o código moral em prática. Por seu lado, os artistas se reuniram para defender a liberdade de expressão nos mangás. E em 2002 o mangaká Motonori Kishi foi julgado e condenado a um ano de prisão por obscenidade por sua obra Misshitsu. Este é o primeiro caso em que um mangá é julgado por violação do artigo 175 do Código Penal japonês, o qual controla o conteúdo de filmes, livros e obras de arte em geral e gerou discussões acerca da liberdade de expressão. Segundo o juiz, o mangá era "gráfico demais".
Nos Estados Unidos, os mangás foram repetidas vezes alvo de discussões envolvendo o empréstimo de exemplares de mangás ou mesmo de livros sobre eles por adolescentes em bibliotecas ou a presença deles em seções inadequadas de livrarias. Em 2006, uma mãe pediu e conseguiu que o livro do estudioso Paul Gravett fosse retirado das bibliotecas públicas do condado de Victorville na Califórnia depois que seu filho de 16 anos disse ter visto imagens de sexo no livro. Em um caso semelhante, um pai em Portland, Oregon, descobriu que seu filho havia pego mangás com classificação para maiores de 18 anos em uma biblioteca local. E uma livraria em Lexington, na Carolina do Sul mudou a localização da sua seção de mangás após receber reclamações de uma mãe.


Algumas críticas envolvem a pedofilia, os mangás dos gêneros rorikon e shotakon (além de jogos de ideogame e pornografia na internet em geral no Japão) e a sua proibição. Em 1999 e 2004 foram aprovadas no Japão leis criminalizando a prostituição infantil e a criação e venda de material pedófilo, mas a posse de tais materiais continua sendo permitida. Pressões internacionais têm forçado o país a rever estas leis. Em 2008, a UNICEF afirmou que o país não estava se esforçando o bastante para colocar em prática acordos internacionais dos quais é signatário e combater a pedofilia. Contudo, a nova legislação não deve incluir os mangás e animes: seus defensores argumentam que regulamentações feririam a liberdade de expressão e que os personagens não são reais e, portanto, não são vítimas de violência.

Outra corrente de críticas se dirige a "invasão" dos mangás no mercado ocidental. Em 2005, no álbum Le ciel lui tombe sur la tête de Asterix o autor, Albert Uderzo, coloca Asterix e outros personagens lutando contra Nagma, anagrama de mangá, e contra clones que ironizam super-heróis dos Estados Unidos,[15] no que seria a realidade de autores europeus no presente. Contudo, o autor se defendeu dizendo que não tem nada contra os mangás e menos ainda contra os quadrinhos dos Estados Unidos, que teriam lhe inspirado sua profissão, e que foi mal interpretado. No mesmo estilo, Arnaldo Niskier da Academia Brasileira de Letras publicou em 12 de fevereiro de 2008, coluna na Folha de S. Paulo criticando a influência dos mangás nos jovens e afirmando que "conhecer o fenômeno é uma forma de colocar limites em sua expansão, para que prevaleça, no espírito dos jovens, se possível, muito mais a riqueza da cultura brasileira".